No dia 12/07/2013 a equipe de Análise de Negócios da Bluesoft participou do evento TDC 2013, na trilha de análise de negócios coordenada por Cristiano Heringer, Claudio Kerber e Marcelo Neves. Além dos conhecimentos adquiridos com as palestras realizadas, conversamos também com os profissionais que já atuam nesta área, trocando dicas e experiências que pudessem melhorar a qualidade das nossas análises.

A primeira palestra, ministrada por Cristiano Heringer, foi sobre “O que não é Análise de Negócios?“, tema com título bastante curioso, uma vez que todos buscam pelo que é análise de negócios, sem se preocupar com o que não faz parte das definições ou responsabilidades das análises.

Cada vez mais o papel de analista de negócios é reconhecido pelo mercado, criando uma presença constante desses papéis em projetos, desenvolvimento de software ou até mesmo dentro do próprio negócio.

Mas, afinal, o que é análise de negócios?

A análise de negócios é um conjunto de conceitos, atividades e técnicas que visam atingir uma determinada estratégia ou objetivo. Por exemplo, automatizar processos a partir de sistemas onde dentro dos objetivos centrais, o analista tem o papel de entender a real necessidade e propor a melhor solução, que nem sempre é apenas tecnológica, mas também melhorias dentro dos processos já existentes, garantindo assim, que a solução sempre atenda a necessidade.

Para evitar os infinitos tipos de conceitos e interpretações de um mesmo problema por parte de um analista, foi criado o BABOK®, que é um guia de referência que auxilia o profissional que pratica a análise de negócios, neste guia são descritas diversas técnicas e ferramentas que auxiliam o analista a conduzir o problema até a sua solução.

E o que não é análise de negócios?
Uma pessoa. 
Mas sim uma competência que qualquer pessoa do time de processo de desenvolvimento de software pode praticar, não se trata de multidisciplinaridade, mas sim de um papel que pode ser praticado em qualquer área que esteja envolvida no processo. Não é a responsabilidade de dar o caminho do que fazer, mas sim de ajudar e apoiar no desenvolvimento da solução.

Tirar pedidos.
Não é o “criador” de pedidos que perguntará o que você quer ou precisa, ele irá entender a necessidade e formular possíveis soluções.

Atuar como proxy. 
Não é um proxy, que recebe a informação e passa adiante. É um pensador que irá entender, analisar, inserir as informações necessárias para só então poder passar adiante.

Ser a voz da verdade. 
É quem ouve mais do que diz, participa do problema e da discussão com os demais envolvidos e facilita os impedimentos dentro do processo, para que o fluxo siga.

Ser mais uma barreira. 
Não é uma barreira para o negócio e nem para o desenvolvimento, não cria empecilhos, mas ajuda a encontrá-los e removê-los.

Não se preocupar com o resultado.
Na análise não existe o pensamento “ele pediu assim, farei assim”, a análise preocupa-se com o que foi pedido e em como atender da melhor forma, sempre focando no resultado esperado.

Ser o herói.
O analista participa do problema mas não pode resolvê-lo sozinho, ele age como um facilitador, depende das pessoas que solicitam e das pessoas que participam do desenvolvimento.

Desenvolvimento de software X Análise de Negócios
A análise traz o conhecimento e dentro de uma expectativa do processo, aquilo que é interessante para todos, tendo consciência de como poderá atuar em um projeto da maneira que os envolvidos sintam menos os problemas que possam ocorrer. A análise não traz a solução do processo, ela serve como apoio para filtrar e reduzir os problemas, tornando os processos e pessoas envolvidas em uma ligação harmoniosa.

O que efetivamente não é análise ou analista de negócios: fazer sempre a mesma coisa, que todos fazem e da mesma forma.

O papel do analista vem crescendo dentro das empresas, a disciplina está ganhando força e reconhecimento a cada ano e só tende a crescer.

Alline Tiberio de Oliveira

Autor

Ricardo Machado é Product Owner na Bluesoft há mais de 14 anos. Ele atua na equipe de Vendas e Aplicativos do software da Bluesoft.

8 Comentários

  1. Oi, Alline. Parabéns pelo artigo.
    Peço licença para fazer umas emendas:
    Análise de negócio é realizada com diferentes propósitos. Logo, os interesses abordados na análise dependem do seu propósito. Dessa forma a análise não trata (pelo menos não sempre) d”aquilo que é interessante para todos”.
    Também acho equivocado pensar no analista de negócios como um “facilitador” que age com o objetivo de que “os envolvidos sintam menos os problemas que possam ocorrer”. Muito pelo contrário, se os analistas de sistemas e fornecedores de requisitos (se não for o próprio analista de negócios) estão seguindo na direção contrária ao que o negócio deseja ou precisa, ele irá criar “problemas”, orientando uma correção de rumo.
    Quando uma análise de negócio é feita, seu background são as estratégias organizacionais. Eu penso que o principal objetivo de um analista de negócios deve ser garantir que a operação esteja de acordo com as estratégias da organização. Isso é o negócio: as ações da organização com vistas a atingir seus objetivos declarados.
    Se os objetivos e estratégias da organização estão mal formulados, é outro assunto. O que deve importar para o analista de negócios é se os objetivos organizacionais estão sendo corretamente focados. Também não é garantir o resultado, mas garantir que as táticas utilizadas apontam para o resultado esperado, desejado.
    Obrigado por compartilhar.
    Sucesso.

    • Desculpe a demora Josué, fique a vontade para faze-lo caso ainda não tenha feito.
      Só não se esqueça dos créditos.
      Abs 😀

    • Muito obrigada pelo convite Cristiano, vamos nos falando, será um prazer poder participar com vocês!!

  2. Gustavo de Holanda Burgyak Resposta

    Parabéns, adorei o Post, fala simplesmente a verdade sobre ser e não ser um Analista de Negócios.

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