Não há maneira melhor de retornar com os posts aqui no blog do que falar sobre o evento em que acabamos de participar. A primeira QCon do ano aconteceu do dia 09/03 ao dia 13/03 no Queen Elizabeth II Conference Center em Londres, Inglaterra.

O Ricardo Almeida (camiseta vermelha da Bluesoft) ganhou um convite por ser um dos editores líderes do portal InfoQ Brasil, mas eu participei como voluntário (camiseta preta de um patrocinador).
É bem simples para se inscrever. Você faz o cadastro no site do evento e pronto! Não há um processo de seleção pois são poucas pessoas que se candidatam a este trabalho. É claro que para quem mora no Brasil existem diversos custos como passagem aérea e hospedagem, mas pra quem mora lá é uma grande vantagem.

Basicamente é necessário comparecer um dia antes da conferência para preparar os crachás e as mochilas que são entregues na chegada dos participantes. Também é preciso estar presente uma hora antes do início de cada dia para alterar a sinalização das palestras em cada uma das salas. Além disso você deve escolher uma trilha (track) para auxiliar naquela sala contando quantas pessoas entraram, quantas saíram durante a palestra e pra contar os votos (explico mais pra frente o que é isso).
Imagine como é participar de palestras das pessoas mais influentes da área de desenvolvimento de software como Eric Evans, Martin Fowler, Ian Robinson, Linda Rising, Rod Johnson, Michael Nygard, Joe Armstrong, Michael Feathers e muitos outros.

Junior e Linda Rising

Vou falar um pouco aqui da organização do evento e nos próximos posts entro em mais detalhes técnicos de cada um dos tutoriais e das palestras.
Nos dois primeiros dias acontecem os tutoriais, que são pequenos workshops de 3 horas cada um (um no período da manhã e outro à tarde). Nestes dois dias havia no máximo umas 50 pessoas participando. Porém na conferência (que acontece nos 3 últimos dias) havia mais de 400 participantes.
Uma grande vantagem é o fato de todos os coffee breaks e o almoço (por sinal excelentes) acontecerem dentro do próprio local do evento e estarem todos inclusos no valor da entrada. Assim não é necessário ficar procurando um lugar para comer, como acontece em eventos daqui (exceto o Rails Summit).
O serviço de wi-fi é gratuito, portanto todo o conteúdo interessante das palestras é imediatamente twittado. Um fato curioso é que uns 80% dos palestrantes e espectadores possui um macBook (e uns 95% tem o iPhone – impressionante).

Navegando durante uma palestra

Duas coisas me chamaram muito a atenção em relação à organização: a primeira é o fato de haver uma pausa de, no mínimo, 15 minutos entre as palestras e neste intervalo ocorrem coffee breaks na área de exposição. Assim é possível conversar com a galera e dar uma passeada pelos stands dos patrocinadores, como a Microsoft, que estava fazendo uma demonstração do Surface.
Demonstração do Microsoft Surface

A segunda idéia legal é um sistema de votos ao invés de preencher aqueles formulários chatos cheios de perguntas pra cada palestra. Na saída o pessoal pega um cartão verde, amarelo ou vermelho e deposita em uma caixa para indicar se gostou do conteúdo e/ou do palestrante (verde), se não faz muita diferença (amarelo) ou se odiou (vermelho).
Cartões para votação após a palestra

Foi uma excelente oportunidade e muito bem aproveitada. Espero conseguir participar mais vezes, ou quem sabe trazer este evento para o Brasil, pois sem dúvida traria grande benefício para os programadores, arquitetos, gerentes de projetos e todos aqueles envolvidos com o desenvolvimento de software no país.

Autor

No tempo em que esteve no time da Bluesoft, Luiz Faias Junior ajudou a criar e a manter a cultura e os valores da empresa, aumentando a equipe de 3 para 40 talentosos engenheiros de software.

5 Comentários

  1. Pingback: 1 ano de Bluesoft Labs - Labs Bluesoft

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  4. Muito bom Junião. Com certeza a QCon é um dos eventos mais completos e na área de desenvolvimento de software, principlamente quando se fala em Agile. As grades referências estão smpre palestrando no evento. Sem contar a oportunidade de conhecer uma cidade histórica como Londres. Vou analisar a possibilidade de ir pra lá no ano que vem. Abraço.

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